coculi
Canção escrita e composta para o Cantar Mais por Helena Caspurro. A letra evoca Coculi que, não tendo significado, vale pelo seu desenho sonoro e fonético, fazendo-nos brincar com jogos de acentuações e terminações: cocúli, culi, culá… Para a autora, faz imaginar alegria uma vez que não é possível cantar tal palavra sem que se esboce um sorriso de orelha a orelha. Por estas razões, Coculi representa o canto do coração, que merece ser celebrado e partilhado todos os dias, anunciando dia bom e boas-vindas.
Existe uma aldeia na ilha de Santo Antão, Cabo Verde, que se chama Coculi – Kuklí no alfabeto autóctone – onde a autora se inspirou.
paluí
Navegar, Chorinho, Foge Rato!, Coisa Preta, Menino com Bicho… são estas e mais histórias que Helena Caspurro cria, conta e (en)canta neste seu novo álbum, Paluí, um CD Antena 1 que celebra os 40 anos da Universidade de Aveiro – em espectáculo pela primeira vez no Porto na Casa da Música próximo dia 24 maio às 21:30.
Com sonoridades quentes, mescladas com balanços jazzísticos interpretados ao piano pela autora, num formato desta vez instrumentalmente diversificado, Paluí, mais uma palavra inventada, é uma viagem pelo imaginário da infância, para os adultos, podendo ser visualizado num filme feito também por crianças.
Afinal, sobre o Paluí, diz a Mulher Avestruz: … só se chega lá de ouvido. Se queres saber o que é o Paluí … põe o teu dedo aqui. Aqui!
Um concerto para se experimentar.
colapsopira
Em Colapsopira criam-se sons e palavras, por causa de uns e de outros. A mensagem, escondida ou desnudada, sofrida ou apaixonada pede silêncio, por vezes. O riso e a sátira improvisam-se em adocicados e zoológicos colapsos.
… Quá-quás, eis o que é preciso para o ‘scat’ se tornar uma expressão de sufoco ou mesmo rebeldia, sobretudo quando se pretende evidenciar que o bom senso nem sempre coabita com os tempos atormentados pelo excesso das paixões.
mulher avestruz
Mulher Avestruz canta a efemeridade do desejo, do prazer e do pensamento que circunstancia a vida de todos nós, quais paradoxos e fugas solitárias. Na palavra busca-se o desafio controverso da própria música: o de não poder ser dita. Como diz a autora algures no CD:
… a música não se diz. Frui-se.
E,
se numa tentativa de definir por palavras
o que não se pode dizer apenas,
ainda dissermos que a música fala,
estamos talvez
já
em êxtase
no mundo simples das metáforas.
O improviso musical é como o falar dos poetas.