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(…)Voz fragilizada linda expressão sóbria dicção swingada e piano completamente bem com mudanças de tempo que despertam e chamam a atenção para o scat que é sempre difícil aqui bem inventado e expirado invenção às vezes bem gritada para os arrepios chegarem Música que mete cabeça e corpo mais corpo que cabeça quem se importa? quem não transpira? CD (bem) gravado no DeCA/UA e Helena Mulher será uma Avestruz Caspurro. Quem sabe?(…)
José Duarte

(…)”Mulher avestruz”, com o jazz a correr-lhe por dentro de maneira distinta. Com ocasional sotaque e sensibilidade brasileiros. Mais “blues”, em “L-O-V-E you!”. E um piano a dirigir-lhe os dedos para as paisagens de vistas longas e largas do título-tema, onde Caspurro se revela compositora, arquitecta de dizeres, sinais e ruídos que a colocam na mesma academia de cantos inóspitos de Shelley Hirsch, Lauren Newton, Joan Labarbara ou Cathy Berberian.

Fernando Magalhães, ‘Mil Folhas’: Público, Nov 03

(…) originalidade na forma e no conteúdo, com deambulações pelas rítmicas nordestinas, pelas sequências harmónicas do Jazz, pela sinuosidade erudita em colagem com a poesia (…) frui em liberdade.

Poderemos dizer que uma nova canção foi inventada ou que uma nova música acedeu à palavra na sua paleta instrumental.

Ela toca como Pessoa escreve, inova como Agostinho filosofa, dança como Nadir colora a tela e respira numa personalidade intocável à mediocridade que nos assola a cada momento.

Este disco deve ser tocado, tantas vezes como aquelas que a necessidade da nossa alma permitir (…)

António Ferro, ‘SE7E’: Primeiro de Janeiro, Nov 03

(…) haja quem traga ao de cima, à educação, às rádios- as nacionais -, esta música de prazer e descoberta, estes quatro temas feitos de luz e prazer, emoções e sentimento. Lá, no brilho e fantasia do piano e da interpretação de Helena Caspurro, há lugar para tudo: para o Jazz que é presença constante, para o swing (…), blues, (… )bossa nova, herança certamente de formação e crescimento musical, para a improvisação vocal sussurrada, espasmódica, sibilada, gritada, murmurada, raspada ou ciciada, para o tom erudito também que a cada tema vai imprimindo ao álbum uma mescla muito curiosa e agradável entre o acaso e a certeza, entre o improviso e o racionalizado (…).

Maria Hernandez: Magazine Artes, Dez 03